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Ômega 3 e Coenzima Q10: uma união que dá certo

A Coenzima Q10, ou CoQ10, e o Ômega 3 são dois componentes importantes para o bom funcionamento do corpo. 

Esses dois nutrientes apresentam uma importante função nos processos que envolvem inflamação, obesidade e DCV, sugerindo que a sua suplementação possa exercer efeitos protetores sobre esses eventos. 


Segundo o relatório da OPAS (2017), as doenças cardiovasculares são estão entre as principais causas de morte no mundo. Estima-se que 17,7 milhões foram acometidas por doenças cardiovasculares (DCV) em 2015, representando 31% de todas as causas de mortes em nível global.


O mais alarmante é que a maioria dessas mortes poderiam ser evitadas a partir da mudança de hábitos de vida, como padrões alimentares inadequados, sedentarismo, uso excessivo de álcool e tabagismo.

As principais DCV são as doenças coronarianas, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, entre outras. A maior parte delas têm princípio com o surgimento da aterosclerose, um processo inflamatório, que leva a formação de placas de gordura nas artérias e aumento da inflamação no local, podendo desenvolver várias complicações. 

Estilos de vida mais saudáveis e perfis lipídicos dentro dos valores recomendados têm sido associados com um menor índice de desenvolvimento de doenças cardíacas coronarianas podendo auxiliar na redução da morbidade e mortalidade causada por estas doenças (KOPIN L e LOWESNTEIN C, 2017).

Estudos já demonstraram como os fatores dietéticos associam-se com diminuição de risco de DCV, e entre alguns dos nutrientes mais estudados estão os ácidos graxos Ômega 3 e a Coenzima Q10.


Omega 3 

O ômega 3 compreende uma família de ácidos graxos poli-insaturados encontrados em algumas sementes e peixes, que são constituintes de todas as membranas celulares e processos essenciais de regeneração celular.


Estudos indicam que os ácidos graxos podem auxiliar na redução de lipídios no sangue, na promoção da vasodilatação, e na prevenção de várias doenças que estão associadas com algum componente inflamatório (SENA; GUIMARÃES; VASCONCELOS, 2010).


A relação entre o ômega 3 e DCV foi descrita pela primeira vez em um estudo com uma população de esquimós da Groenlândia, que consumiam uma dieta rica em frutos do mar e tinham baixas taxas de doenças cardíacas, asma, diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla. Além disso, os cientistas relataram que esses indivíduos que tinham dieta rica em ômega 3 apresentaram níveis baixos de colesterol e triglicerídeos (TG), quando comparados a população de um país europeu (NASCIMENTO PM e SCALABRINI HM, 2020.


A American Heart Association (AHA) citou que o aumento da ingestão de peixe ou uso dos suplementos de ômega 3 podem ser importantes para a prevenção de insuficiência cardíaca recorrente, doença cardíaca coronária recorrente e morte cardíaca súbita em pacientes aterosclerose (ROGERS T e SEEHUSEN DA, 2018).


No Brasil, uma das atualizações da diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) orienta uma alimentação à base de peixe pelo menos duas vezes por semana a fim de diminuir o risco cardiovascular, particularmente entre pacientes com alto risco. Além disso, a diretriz orienta que a suplementação com ômega-3 marinho pode ser usada em alguns casos específicos com indicação de nutricionista ou médico (SBC, 2019).


Coenzima Q10

A Coenzima Q10 conhecida também como CoQ10 ou Ubiquinona, é uma substância lipossolúvel produzida endogenamente e sintetizada no interior das mitocôndrias onde participa dos processos de transporte de elétrons e produção de ATP (energia), além de proteger a estrutura das células da destruição da própria parede celular causada pelos radicais livres produzidos diariamente pelo metabolismo energético

Podemos encontrar a coenzima Q10 em todas as membranas celulares, sendo sintetizada naturalmente, porém conseguimos obtê-la também através de fontes dietéticas como carne de frango, peixes gordurosos e nozes (ZOZINA et al., 2018; TESTAI et al., 2021). 

Com o envelhecimento há uma diminuição na produção endógena de coenzima Q10, esse déficit também pode estar associado ao aparecimento de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, distrofia muscular, câncer, diabetes mellitus tipo 2 e diversas outras patologias crônicas não transmissíveis (GARRIDOMARAVER et al., 2014a; ZOZINA et al., 2018; ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 2019).


Todavia, algumas vezes, apenas a ingestão alimentar não é suficiente para restabelecer as deficiências fisiológicas ou patológicas, pode ser necessária a suplementação nutricional. 


Além disso, estudos que investigaram a terapia com estatinas, medicamentos que são amplamente utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares para a redução dos níveis plasmáticos de colesterol na prevenção primária e secundária de eventos cardiovasculares, verificaram que o uso dessas substâncias está associado a diminuição da biodisponibilidade de coenzima Q10. 


Devido sua ação antioxidante, quando em formato de ubiquinol, e sua capacidade de regenerar outros antioxidantes, como as vitaminas C e E, a CoQ10 pode contribuir de forma significativa para a saúde cardiovascular, em virtude do estresse oxidativo decorrente dessas patologias. Para mais, a coenzima Q10 também auxilia prevenindo a oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) (GUTIERREZ-MARISCAL et al., 2021).


Unindo o Omega 3 a CoQ10

Um estudo de Tóth, et.al (2017) constatou que a administração de CoQ10 com ácidos graxos ômega-3 poderia afetar a estrutura dos ácidos graxos insaturados e que poderia proteger as ligações duplas contra a oxidação e prolongar sua atividade devido aos seus efeitos antioxidantes. Por ser uma substância lipossolúvel, a CoQ10 pode ter sua absorção aumentada em combinação com os ácidos graxos. 


Por fim, sabe-se que os principais fatores de risco para doenças cardíacas são modificáveis e, dessa forma, não somente a ingestão de ômega 3 e/ou da CoQ10 irá reduzir o risco do aparecimento de problemas cardiovasculares. A American Heart Association (AHA) e a SBC têm reforçado a necessidade da promoção dos hábitos e práticas de estilo de vida como fatores-chave da saúde do coração.


As diretrizes oferecidas recomendam consistentemente um padrão alimentar rico em frutas e vegetais, peixes, grãos integrais (com alto teor de fibra) e oleaginosas como base de uma alimentação cardioprotetora, bem como reforçam a importância de não fumar, controlar o peso e praticar exercícios diariamente como medidas determinantes para a redução do risco e tratamento das doenças cardiovasculares.


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FONTES:

Tóth, Štefan, Šajty, Matej, Pekárová, Tímea, Mughees, Adil, Štefanič, Peter, Katz, Matan, Spišáková, Katarína, Pella, Jozef and Pella, Daniel. "Addition of omega-3 fatty acid and coenzyme Q10 to statin therapy in patients with combined dyslipidemia" Journal of Basic and Clinical Physiology and Pharmacology, vol. 28, no. 4, 2017, pp. 327-336. https://doi.org/10.1515/jbcpp-2016-0149

NASCIMENTO PM, SCALABRINI HM. Benefícios do ômega 3 na prevenção de doença cardiovascular: Revisão integrativa de literatura. International Journal of Nutrology, 2020; 13(3): 95-101.

ROGERS T, SEEHUSEN DA. Omega-3 Fatty Acids and Cardiovascular Disease. American family physician, 2018; 97(9): 562-564

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2019. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/aop/2019/aop-diretriz-prevencao-cardiovascular-portugues.pdf

GUTIERREZ-MARISCAL, F. M. et al. Coenzyme q10 and cardiovascular diseases. Antioxidants, v. 10, n. 6, p. 906, 2021.

SILVA, T.A. et al. Suplementação de coenzima Q10 e redução dos efeitos colaterais da terapêutica com estatinas: uma revisão sistemática Coenzyme Q10 supplementation and reduction of side effects of statin therapy: a systematic review. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 8, p. 84648-84672, 2021.




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