Você sabia que a Obesidade é uma DCNT, Doença Crônica Não Transmissível? Doenças crônicas são aquelas de progressão lenta e longa duração, que muitas vezes levamos por toda a vida.
Em sua maioria não tem cura, apenas controle. São representadas por enfermidades como: doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas (bronquite, asma, rinite), hipertensão, câncer, diabetes, obesidade, dislipidemia, etc.
Em se tratando da Obesidade, o Brasil e outros países da América Latina vivenciaram uma rápida transição demográfica, epidemiológica e nutricional e observou-se o declínio da desnutrição tanto em crianças como em adultos em um ritmo bem acelerado, aumentando a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira.
O que diz a OMS?
Muitos estudos que avaliaram estado nutricional dos brasileiros nas últimas décadas demonstraram que a obesidade é uma grande epidemia mundial. Em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que aproximadamente 1,6 bilhões de adultos, globalmente distribuídos, apresentavam sobrepeso e, pelo menos, 400 milhões eram obesos.
Esse contexto é caracterizado pelas mudanças seculares nos padrões nutricionais, ou seja, modificações na dieta dos indivíduos, como aumento do consumo de alimentos ricos em gordura e pobre em fibras, aumento do consumo de doces e bebidas adoçadas, bem como de alimentos ricos em sódio, além de redução de atividade física e adoção de um estilo de vida sedentário.
Além disso, hoje em dia, sabe-se que a fisiopatologia da obesidade é complexa e que existem, sim, indivíduos altamente suscetíveis ao ganho de peso e outros altamente resistentes. Inúmeros fatores genéticos, ambientais e comportamentais influenciam o balanço energético e o controle do peso.
Mas como se classifica a Obesidade?
A obesidade é definida como uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal (acúmulo de tecido adiposo localizado ou generalizado), com etiologia complexa e multifatorial, resultante da interação de estilo de vida, genes e fatores emocionais.
Ela é baseada no índice de massa corporal (IMC), que leva em consideração o peso e altura do indivíduo, sendo assim um IMC elevado é um parâmetro aceitável, mesmo não fornecendo informações sobre a composição corporal ou sua distribuição.
Entretanto é importante saber que a gordura localizada na região central do corpo (abdômen) está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares.
Diagnóstico de sobrepeso e obesidade com base no IMC (kg/m² = peso/altura²). Baixo peso < 18,5 Normal de 18,5 a 24,9 Sobrepeso de 25 a 29,9 Obesidade grau 1 de 30 a 34,9 Obesidade grau 2 de 35 a 39,9 Obesidade grau 3 ≥ 40,0
Algumas mudanças são fundamentais para a prevenção e tratamento da obesidade, entre elas:
– Adequar a densidade energética, restringindo as calorias (feita por um profissional Nutricionista); – Seguir um plano alimentar que respeite as preferências individuais, para uma maior adesão; – Aumentar o consumo de fibras (aumentam a saciedade e atuam na regulação do peso); – Promover o aumento da ingestão de frutas e vegetais diariamente (em torno de 5 porções diárias); – Restringir o consumo de bebidas açucaradas (sucos de caixinha, refrigerantes, etc); – Restringir alimentos com alto índice glicêmico (são rapidamente digeridos e absorvidos, com maior efeito na glicemia. Ex: pães, doces, mel, frutas como banana, uva em excesso, etc);
– Reduzir o consumo de alimentos ricos em gorduras totais (substituir o consumo de gorduras saturadas por insaturadas como Ômega 3 e Ômega 9 e eliminar o consumo de gorduras hidrogenadas ou gorduras trans presentes nos alimentos industrializados e margarinas.); – Reduzir o tamanho das porções no prato; – Reduzir a quantidade de sódio/sal; – Restringir fast-foods, embutidos, enlatados; – Reduzir o consumo de álcool; – Praticar atividade física regularmente; – Aumento do consumo de Ômega 3 devido ao seu efeito anti-inflamatório.
Como mudar os hábitos?
Iniciativas de intervenções sobre o ambiente no qual os indivíduos estão inseridos, que passam pela alimentação e práticas físicas, não têm sido suficientemente efetivas, uma vez que mudanças comportamentais sustentadas no ser humano dependem de uma rede de ações mais complexa.
O estilo de vida moderno, extremamente competitivo, muitas vezes com privação de sono e de atividades de lazer, pode resultar em alterações comportamentais relacionadas com o hábito alimentar em que o sistema de prazer e recompensa contribui ainda mais para o aumento de peso.
A Obesidade é uma doença que causa mortalidade e está associada a outras doenças como Diabetes, Hipertensão e Dislipidemias, sendo, portanto, necessário uma real conscientização em relação aos nossos hábitos alimentares, assim como a nossa saúde física e emocional.
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